Homenagem aos que tombaram em Combate, e um dia gritaram “RANGER”…
“Dai-nos, Senhor, tudo aquilo que nunca Vos é pedido,
não Vos pedimos o descanso nem a tranquilidade do corpo,
nem tão pouco a do espírito.
Não Vos pedimos a riqueza, nem o êxito e as honrarias,
nem sequer o reconhecimento dos homens.
De tudo isto, que insistentemente Vos pedem,
talvez quase nada já Vos reste.
Dai-nos, pois, ó Deus, o que ninguém quer, o que todos rejeitam:
a insegurança, a incomodidade,
a inquietude, a tormenta e o risco,
a vereda estreita e agreste que vai até Vós.
Concedei-nos isto, nós Vos suplicamos, definitivamente,
porque a fraqueza, fruto do egoísmo humano que em nós existe,
talvez nos tire a coragem de o solicitar de novo.
Dai-nos, Senhor, o que Vos sobra,
aquilo que ninguém quer, nem sequer Vos pedem,
mas dai-nos, ao mesmo tempo, o valor, a vontade, a força e a fé,
que temperam a alma do soldado na grandeza da sua servidão.
Por último, Vos rogamos, ó Senhor,
por aqueles que, de entre nós, em todos os tempos,
caíram no Campo da Honra e derramaram o seu sangue,
pela Independência e Liberdade da Pátria.
Nós Vos pedimos, ó Deus dos Exércitos, que,
no Vosso Seio, repousem na paz eterna,
as Almas destes bravos.”
(A Prece de Operações Especiais foi introduzida em 1990 nas Cerimónias de Homenagem aos seus Mortos em Combate, pelo Coronel António Feijó de Andrade Gomes, numa adaptação de um poema do General Douglas MacArthur; esta compilação foi efectuada pela AOE sob autorização do proprietário e do autor, e todos os seus direitos são reservados)